O Clube de Cinema de Porto Alegre exibirá no sábado, 10 horas, no Espaço de Cinema 3, Shopping Bourbon, o filme LA NUIT DU 12, o grande vencedor dos Prêmios César.
THE NIGHT OF 12 merece realmente todos os prêmios e elogios.
É o primeiro filme policial que vejo que na investigação de um feminicídio, questiona o gênero dos investigadores (o fato de serem todos homens). A tese do filme é que inconscientemente os investigadores homens se identificam com os assassinos homens, o que facilita não resolver os crimes.
Com a entrada de uma Detetive mulher e de uma Juíza de Instrução, a investigação do brutal assassinato da jovem Clara Royer (Lula Cotton-Frapier) é retomada.
Outro ponto de originalidade do filme é o julgamento de policiais e pessoas a volta de Clara sobre seu modo de vida libertário e sexualmente ativo. “É como se todos os homens matassem Clara”, diz a certa altura um dos policiais.
A narrativa (segundo um letreiro, ficcional sobre fatos reais) é conduzida de forma brilhante pelo cineasta Dominik Moll, que revela controle absoluto sobre a arte de filmar.
O roteiro de Gilles Marchand e do próprio Dominik, a partir do livro de Paulina Guená, “‘18.3 – Une année à la PJ” é fascinante.
Os atores Bastien Bouillon e Bouili Lanners merecem todos os louros. Seus trabalhos são excelentes. Mas há que se fazer um destaque especial para a atriz Charline Paul, no papel da mãe da menina morta. Ela aparece em três cenas, em estado catatônico traumatizada pela devastadora notícia. Mas a expressividade de seu desespero, sem dizer nada é antológico.
LA NUIT DU 12 já é um dos melhores filmes do ano.
The Clube de Cinema de Porto Alegre will screen on Saturday, 10 am, at Espaço de Cinema 3, Shopping Bourbon, the film LA NUIT DU 12, the great winner of the César Awards.
THE NIGHT OF 12TH truly deserves all the awards and accolades.
It is the first detective film that I have seen that, in the investigation of a feminicide, questions the gender of the investigators (the fact that they are all men). The film’s thesis is that male investigators unconsciously identify with male killers, which makes it easier not to solve crimes.
With the entry of a female Detective and an Investigating Judge, the investigation of the brutal murder of young Clara Royer (Lula Cotton-Frapier) is resumed.
Another point of originality of the film is the judgment of police and people around Clara about her libertarian and sexually active way of life. “It’s as if all the men killed Clara”, says one of the policemen at one point.
The narrative (according to a sign, fictional about real facts) is brilliantly conducted by filmmaker Dominik Moll, who reveals absolute control over the art of filming.
The screenplay by Gilles Marchand and Dominik himself, based on the book by Paulina Guená, “‘18.3 – Une année à la PJ’” is fascinating.
Actors Bastien Bouillon and Bouili Lanners deserve all the laurels. Their works are excellent. But special mention should be made of actress Charline Paul, in the role of the mother of the dead girl. She appears in three scenes, in a catatonic state traumatized by the devastating news. But her expressiveness of despair, saying nothing is anthological.
LA NUIT DU 12 is already one of the best films of the year.
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