Pois ontem finalmente vi BARBIE, de Greta Gerwig, em exibição no MAX (ex-HBO MAX).
O extraordinário fenômeno de bilheteria de 2023, inegavelmente é um filme que dá uma bela sequência à carreira de sua diretora, uma cineasta que imprime sua digital nos filmes de que participa.
Em seu quinto trabalho de direção, assim como em LADYBIRD e LITTLE WOMEN, Greta deixa claro desde a primeira cena que há ideias no seu filme. Aliás, na minha opinião, é a melhor cena do filme. A paródia (ou homenagem) ao clássico de Stanley Kubrick, 2001 faz da abertura uma cena brilhante. Nada melhor que iniciar citando um clássico.
Há diversas outras citações cinematográficas ao longo do filme. O roteiro de Gerwig e Noah Baumbach (outro cineasta de respeito autor de FRANCES HA, MARRIAGE STORY e um incrível documentário sobre Brian de Palma intitulado DE PALMA) é muito rico em colocar suas ideias notadamente feministas.
Mas há muitas outras discussões além do feminismo no filme: são discutidos os estereótipos, os preconceitos, o consumismo, o processo de envelhecimento, a morte, o egoísmo, tem muita coisa para se ver além da história da boneca em crise de identidade.
Parece incrível que muitas pessoas não tenham enxergado que Greta Gerwig fez um blockbuster com muito “penso” por trás. No elenco, Margot Robbie e Ryan Gosling estão muito bem encarnando Barbie e Ken.
O filme é a maior bilheteria de 2023, arrecadando até hoje um bilhão e quatrocentos e quarenta e um milhões de dólares no mundo e seiscentos e trinta e seis milhões de dólares apenas no mercado doméstico. Trata-se de um sucesso muito respeitável.
Não me filio aos que viram em BARBIE um filme maravilhoso e digno de ganhar todos os prêmios do ano. Acho que neste caso, o incrível sucesso de bilheteria, aliado à excelência da direção e roteiro, deixaram o filme super estimado.
É um ótimo filme, deixa muitas ideia para refletir, mas tenho certeza de que Greta Gerwig ainda está por fazer sua obra prima.
Yesterday I finally saw BARBIE, by Greta Gerwig, showing on MAX (formerly HBO MAX).
The extraordinary box office phenomenon of 2023 is undeniably a film that gives a beautiful continuation to the career of its director, a filmmaker who puts her fingerprint on the films in which she participates.
In her fifth directorial effort, as well as in LADYBIRD and LITTLE WOMEN, Greta makes it clear from the first scene that there are ideas in her film. In fact, in my opinion, it is the best scene in the film. The parody (or homage) to Stanley Kubrick‘s classic 2001 makes the opening a brilliant scene. Nothing better than starting by quoting a classic.
There are several other cinematic quotes throughout the film. The script by Gerwig and Noah Baumbach (another respected filmmaker author of FRANCES HA, MARRIAGE STORY and an incredible documentary about Brian de Palma entitled DE PALMA) is very rich in presenting its notably feminist ideas.
But there are many other discussions besides feminism in the film: stereotypes, prejudices, consumerism, the aging process, death, selfishness are discussed, there is a lot to see beyond the story of the doll having an identity crisis.
It seems incredible that many people didn’t see that Greta Gerwig made a blockbuster with a lot of “think” behind it. In the cast, Margot Robbie e Ryan Gosling are very well acting as Barbie e Ken.
The film is the highest-grossing film of 2023, grossing to date one billion, four hundred and forty-one million dollars worldwide and six hundred and thirty-six million dollars in the domestic market alone. This is a very respectable success.
I do not join those who saw BARBIE as a wonderful film worthy of winning all the awards of the year. I think that in this case, the incredible box office success, combined with the excellence of the direction and script, left the film highly esteemed.
It’s a great film, it leaves a lot of ideas to reflect on, but I’m sure that Greta Gerwig has yet to make her masterpiece.
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