ARGYLLE: Tinha Tudo Para Ser uma Bela Sátira. Errou Por Muito.

Fui em uma bela sala IMAX, aqui em Sawgrass ver o filme ARGYLLE, dirigido por Matthew Vaughn. A notícia de que o fim de semana de estréia fracassou redondamente me acendeu uma luz de advertência. Afinal, para uma sátira aos filmes de espionagem (Bond, Missão Impossível e Bourne, para coat alguns) com grande elenco e super produção, cair no gosto do público era bem fácil.

Com vinte minutos de filme já dava para ver que a ousadia do roteiro deu muito errado.

A sempre interessante Bryce Dallas Howard vive uma escritora de livros de espionagem que durante um momento de dificuldade criativa, se envolve numa história rocambolesca como as que escreve.

O pessoal envolvido na produção de ARGYLLE tinha ido muito bem em KINGSMAN, onde havia aventura e diversão.

Aqui os dois deram errado. A parte da aventura de espionagem não funciona porque a gente sabe que tudo ali é exagerado e falso. Quase uma comédia de desconstrução do gênero. Nessa parte do filme, colocar a atriz principal que está bem gordinha, em roupas apertadas e poses sensuais em nada ajudou o filme.

Howard se saiu bem melhor como a escritora tímida que como a espiã sem limites.

O restante do lenço, todos ótimos, parecem estar constrangidos: Brian Cranston, Samuel l. Jackson, Sam Rockwell, Dua Lipa (talvez a mais convincente), Henry Cavill, Ariana de Bose e Sofia Boutella lutaram contra um roteiro bem ruinzinho.

Outra coisa que pouco ou nada ajudou foram as inúmeras cenas com o gato da protagonista, em show de CGI mal colocado.

Na minha opinião, ARGYLLE falhou como sátira e como reflexão sobre bloqueios criativos. Errou em suas duas tentativas de entreter o espectador.

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