Um dos efeitos deletérios da multiplicidade de streamings é a necessidade louca de conteúdo, fator que abriu acesso a cinematografias do mundo inteiro (lado positivo), mas trouxe exposição para filmes muito ruins que dificilmente chegariam até nós.
Esta em exibição na NETFLIX, o thriller MEA CULPA, dirigido por Tyler Perry.
É um desastre da primeira a última cena.
A trama é um pastiche de um grande filme dos anos 80, o excelente O FIO DA SUSPEITA, de Richard Marquand, com Jeff Bridges e Glen Close.
Uma jovem e ascendente advogada criminalista é indicada para pegar o caso da defesa de um pintor de sucesso, acusado de matar a namorada mexicana que desapareceu. Óbvio que o terrível casamento da advogada vai levá-la a um envolvimento amoroso com o pintor.
Mas tudo é feito de forma escandalosa, gritada e superficial. A família do marido é um catálogo de psicopatas declarados, daqueles que tem a palavra “vilão” estampada em suas testas.
Fiquei pensando como um filme como esse faz sucesso (a julgar pelas referências de número de views).
Pelo menos me despertou a vontade de rever o filme de Close e Bridges. Thriller é mais um gênero cinematográfico que exige talento das pessoas envolvidas.
Em MEA CULPA, sobram erros e faltam talentos.
One of the deleterious effects of the multiplicity of streaming is the crazy need for content, a factor that opened up access to cinematography from all over the world (positive side), but brought exposure to very bad films that would hardly reach us.
The thriller MEA CULPA, directed by Tyler Perry, is currently showing on NETFLIX.
It’s a disaster from the first scene to the last.
The plot is a pastiche of a great film from the 80s, the excellent JAGGED EDGE, by Richard Marquand, with Jeff Bridges and Glen Close.
A young and rising criminal lawyer is appointed to take on the defense case of a successful painter, accused of killing his Mexican girlfriend who disappeared. Obviously the lawyer’s terrible marriage will lead her to a romantic involvement with the painter.
But everything is done in a scandalous, shouty and superficial way. The husband’s family is a catalog of declared psychopaths, those who have the word “villain” stamped on their foreheads.
I was wondering how a film like this is successful (judging by the number of views).
At least it made me want to see Close and Bridges’ film again. Thriller is yet another cinematographic genre that demands talent from the people involved.
In MEA CULPA, there are plenty of mistakes and a total lack of talent.
Cinemarcoblog 