UMA BATALHA APÓS A OUTRA – Fábula de Paul Thomas Anderson Investe Contra o Radicalismo Político

São 2 horas e 41 minutos de filme. O mais recente trabalho do cineasta Paul Thomas Anderson investe com todas as forças contra o radicalismo político. O cinema de Anderson já. é conhecido pela força de suas imagens, filmadas por um diretor que conhece sua arte e não economiza para expressar suas ideias.

Tenho que destacar a cena da perseguição de carros. mais heterodoxa da história do cinema, onde Anderson utiliza magnificamente bem as subidas e descidas da estrada onde os três carros transitam. Nada menos que brilhante. Vai para a antologia do gênero.

Militarismo, perseguição aos imigrantes, radicalismo de direito e de esquerda, políticas que sufocam minorias, pautas tão comuns hoje nos noticiários são os alvos de Anderson neste filme.

A crítica americana amou o filme e o colocou desde já, como um dos melhores do ano e certo candidato aos prêmios da Academia em 2026.

O filme tem méritos inegáveis. O elenco é um deles. Reunir Leonardo di Caprio, Sean Penn, Benício. del Toro como protagonistas da trama foi um achado inegável. Difícil apontar quem trabalha melhor. Eu ainda fico com Sean Penn. Seu Coronel Steven Lockjaw é antológico do início ao fim do filme.

É importante dizer que a narrativa o tempo todo lembra os filmes de Quentin Tarantino, valorizando um certo non sense que fica entre ridículo e trágico.

Sahnya McHalie, como a terrorista Junglepussy é outro destaque do filme que merece citação obrigatória. São dela várias ótimas cenas do filme.

Embora goste muito de MAGNÓLIA e BOOGIE NIGHTS, acho mesmo que esse UMA BATALHA ATRÁS DA OUTRA é o filme mais maduro de Paul Thomas Anderson. Vai desagradar muitas pessoas. Mas na minha opinião, quem entender a proposta satírica de Anderson vai se divertir muito mais do que se irritar.

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