AVATAR FOGO E CINZAS: Cameron Faz Outra Vez Sua Fábula Futurista, Sangrenta e Otimista

Levei meus netos Samuel e Caio para ver AVATAR FOGO E CINZAS, de James Cameron. Claro que o aspecto emocional de ir ao cinema com os netos já me fazia, de antemão, gostar do filme.

É a terceira vez que James Cameron faz o mesmo filme. Pandora, os Navy, humanos cruéis, batalhas primorosamente filmadas, matanças, mensagens humanistas e um final familiar feliz.

Há algumas novidades.

A vilã feita pela atriz espanhola Oona Chaplin (neta de Charlie Chaplin) é um achado. Trata-se do personagem mais interessante deste capítulo três. Tão sedutora quanto ambiciosa, não hesita em matar, mentir e enganar na sua luta pelo poder. Alguns dos seres azuis de Pandora são tão ruins como os seres do céu (humanos).

Claro que o prodígio tecnológico do filme de Cameron ainda é um grande chamativo de AVATAR. Tudo é tão deslumbrante visualmente que várias vezes o espectador se pega de boca aberta pelo que vê na tela. Mesmo que a novidade já tenha ido embora.

A idéia da Mãe Natureza que une a todos e preserva o futuro também segue sendo atraente. Não sei se não demorou demais para aparecer neste Opus 3.

Aliás, se tenho alguma crítica a fazer ao filme, é sua duração exagerada. Três horas e dezessete minutos é demais. Faltou um editor independente que convencesse James Cameron a deixar alguns minutos de filme no chão da sala de montagem. a velha Moviola devia ter sido mais valorizada.

Feito um balanço, gostei bastante. AVATAR FOGO E CINZAS segue sendo um mundo à parte. O mundo de James Cameron. Uma experiência cinematográfica diferente. Quem se dispõe a embarcar com certeza terá entretenimento de altíssimo nível.

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