O Belas Artes a La carte mostra o filme uruguaio candidato ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2015: MR. KAPLAN, do multipremiado cineasta Álvaro Brechner.
Um homem velho, com uma boa vida na classe média de Montevidéu começa a ter problemas com os efeitos da idade avançada e passa a se perguntar o que fez de importante na vida. Quando sua neta refere um alemão dono de um bar que é conhecido como “Nazi”, resolve recriar pessoalmente a captura do Oficial Nazista Eichman em Buenos Aires.
Determinado a cumprir sua missão, ele tem um companheiro tão pouco versado no tema quanto ele próprio. Um ex-policial que a família do protagonista contratou para servir de motorista e acompanhante do idoso.
Tal qual Dom Quixote e Sancho Pança, eles vão atrás do Nazi, o que garante a Brechner terreno para um filme muito divertido e, por vezes profundamente reflexivo sobre a velhice e suas mazelas.
Apesar de ter dirigido apenas três filmes, Álvaro Brechner tem mais de 50 prêmios internacionais pelos filmes que mostrou em festivais ao redor do mundo. Aqui mostra seu talento em criar uma história tão insólita quanto sensível.
O ator chileno Héctor Nogueira dá um show como Jacobo Kaplan. Há muitas cenas em que ele mostra seu diferenciado talento cômico, em situações cotidianas, como a tentativa de enganar o médico que lhe faz o exame de visão necessário para seguir dirigindo.
Néstor Guzzini é um igualmente divertido lugar tenente. Seu Wilson Contreras é sempre bem intencionado, mas raramente competente nas decisões que toma para ajudar seu chefe na inusitada empreitada.
O elenco ainda tem Rolf Becker, como o suposto Nazi, Nídia Teles e Julia Flo.
Gostei muito de ver MR. KAPLAN. A cinematografia uruguaios não tem muitos filmes com projeção internacional. MATARAN A VENÂNCIO FLORES, o primeiro filme uruguaio que assisti foi exibido em Porto Alegre pelo Clube de Cinema, muitos anos atrás.
Talvez este fato me aqueça e emocione vendo outro filme uruguaio.