Gostei muito de TOP GUN MAVERICK, dirigido por Joseph Kosinski, um primor de cinema espetáculo, que cumpre à risca todas as regras de como agradar o espectador de forma plena. Não à toa, o filme entrou este semana no seleto Clube dos Filmes que Faturaram 1 Bilhão de Dólares.
Achei este muito melhor que o primeiro TOP GUN, feito por Tony Scott, 36 anos atrás. Acho que o novo filme superou o primeiro em todos os aspectos.
Tom Cruise está melhor. Mais maduro, tendo filmado com grandes diretores (Scorsese, Spielberg, Kubrick) sabe que o filme não pode ser ele o tempo inteiro. Escolheu ótimos atores para o elenco: Jennifer Connelly, John Ham, Miles Teller, Val Kilmer, um time de peso.
O roteiro conseguiu criar uma história muito interessante. Maverick vira professor dos novos TOP GUNS, os mais talentosos jovens pilotos da Marinha Americana.
Acho que a grande sacada de TOP GUN MAVERICK é ser um filme sobre a idade. Em todos os momentos, fica expresso que a juventude das pessoas que fizeram o primeiro filme se foi. Há um tom nostálgico, um pouco melancólico mas profundamente humano no filme.
O ponto é como ser feliz já não sendo o jovem de 40 anos atrás.
O filme também acerta na história de aventura que conta. Com nítida inspiração em STAR WARS (o labirinto percorrido pelos aviões e o alvo minúsculo, a mantra “Não pense, faça” e a festa do final são muito de Guerra nas Estrelas. Se inspirar em filmes maravilhosos sempre acrescenta.
No campo musical, este filme também supera o primeiro. Não somente a trilha de autoria de Lorne Balfe, como a canção HOLD MY HAND, de Lady Gaga e as músicas utilizadas como os clássicos LET’S DANCE e GREAT BALL OF FIRE são excepcionais.
Volta e meia alguém falando mal da mania americana de fazer continuações, pergunta qual filme tem o segundo melhor que o primeiro. Realmente, via de regra, o primeiro filme é bem superior às continuações. TUBARÃO talvez seja o melhor exemplo. TOP GUN MAVERICK será outra exceção a ser mencionada: o segundo é muito melhor que o primeiro.