A 95a. cerimônia de entrega do Oscar foi a mais inclusiva, diversa e internacional de todas.
Foi tão progressista que se tornou conservadora.
Foi mais curta (durou duas horas e quarenta minutos), teve muito poucas ousadias (acho que o cocaine Bear não funcionou), e um Jimmy Kimmel cujas trangressões verbais eram calculadas para não causar muito incômodo (piadas sobre o tapa de Will Smith ou sobre a morte de Roberto Blake).
TUDO EM TODO LUGAR AO MESMO TEMPO ganhou sete Oscars. Na minha opinião, foi demasiado. A extrema criatividade do filme (realmente o roteiro cria situações inusitadas) não dá ao filme essa grandiosidade. Mais gente vai ver o filme sobre o “metaverso” depois dos prêmios. Ótimo. Não acho que ele vá ter um lugar tão especial na história do cinema.
Curiosamente, o segundo filme mais premiado foi NADA DE NOVO NO FRONT, um filme alemão da NETFLIX. Vários discursos saudaram a volta das pessoas ao cinema. É incomparável ver um filme no cinema e/ou na TV, via streaming. Isto é uma obviedade. Extremamente bem feito, o drama de guerra alemão é um filme quadrado.
O prêmio que eu mais gostei foi o de Melhor Roteiro adaptado para WOMEN TALKING, de Sarah Polley. Era disparadamente o melhor roteiro. Um filme duro e difícil, mas essencial.
Acho que deixar de premiar o trabalho de Cate Blanchett em TÁR é quase um sacrilégio. É muito claro que o trabalho dela está em outro patamar. Uma pena.
A música disse presente no Oscar: Rihanna, Lady Gaga e Lenny Kravitz são pesos pesados que se apresentaram na festa. Ponto para o Oscar. Ganhou o hit indiano, um sucesso mundial no Youtube.
OS BANSHEES DE INISHERIN, meu filme favorito entre os indicados não ganhou nada. Outra coisa a lamentar.
Hollywood não deixou de acender uma vela aos blockbusters. Premiou (pouco é verdade) Top Gun: MAVERICK, AVATAR O CAMINHO DA ÁGUA e PANTERA NEGRA: WAKANDA FOREVER. Foram os filmes que lotaram salas no pós pandemia.
Em um balanço geral, foi uma cerimônia correta. Nem mais nem menos.
Vamos ver como Hollywood vai se comportar cada vez mais inclusiva, plural e internacional.
The 95th. Oscar ceremony was the most inclusive, diverse and international of all.
It was so progressive that it became conservative.
It was shorter (it ran for two hours and forty minutes), had very few risqués (I think the cocaine Bear didn’t work), and a Jimmy Kimmel whose verbal transgressions were calculated not to cause too much trouble (jokes about Will Smith’s slap or about the death of Robert Blake).
EVERYTHING EVERYWHERE ALL AT ONCE won seven Academy Awards. In my opinion, it was too much. The film’s extreme creativity (the script actually creates unusual situations) does not give the film that grandiosity. More people will see the movie about the “metaverse” after the awards. Excellent. I don’t think he’s going to have such a special place in movie history.
Interestingly, the second most awarded film was ALL QUIET ON THE WESTERN FRONT, a German film from NETFLIX. Several speeches welcomed the return of people to the cinema. It is incomparable to see a movie at the cinema and/or on TV, via streaming. This is obvious. Extremely well done, the German war drama is a square movie.
My favorite award was Best Adapted Screenplay for WOMEN TALKING, by Sarah Polley. It was by far the best script. A tough and difficult film, but essential.
I think that failing to reward Cate Blanchett’s work on TÁR is almost sacrilege. It is very clear that her work is on another level. A feather.
The music said present at the Oscars: Rihanna, Lady Gaga and Lenny Kravitz are heavyweight people who performed at the party. Point for the Oscar. The winner war the Indian hit, a big success in Youtube.
BANSHEES OF INISHERIN, my favorite movie among the nominees, didn’t win anything. Another thing to regret.
Hollywood has not stopped lighting a candle to blockbusters. Awarded (little is true) Top Gun: MAVERICK, AVATAR THE WAY OF WATER and BLACK PANTHER: WAKANDA FOREVER. They were the movies that sold out theaters in the post pandemic.
On a balance, it was a correct ceremony. Neither more nor less.
Let’s see how Hollywood will behave more and more inclusive, plural and international.
Cinemarcoblog 