O Clube de Cinema de Porto Alegre vai exibir, no próximo domingo, às 10 horas da manhã, na Casa de Cultura Mário Quintana, o maravilhoso filme MORANGOS SILVESTRES, que Ingmar Bergman rodou em 1957.
Na minha opinião, MORANGOS SILVESTRES é o melhor filme do cineasta, à frente de obras impecáveis e memoráveis, como FANNY E ALEXANDER, GRITOS E SUSSURROS, CENAS DE UM CASAMENTO, O SÉTIMO SELO e SONATA DE OUTONO.
Várias vezes coloquei MORANGOS SILVESTRES entre os dez melhores filmes que vi na minha vida.
A primeira vez que vi MORANGOS SILVESTRES foi justamente em uma sessão do Clube de Cinema, no Cinema Um, Sala Vogue, uma sala de filmes de arte localizada na avenida Independência, em Porto Alegre.
Sai tão deslumbrado do cinema com o filme que havia acabado de ver que acho que somente me recuperei horas após. Revi o filme mais de uma vez e cada vez me encanto mais com a história de um velho e frio professor (Victor Sjöstrom, magnífico) encarando o vazio de sua existência.
Bibi Anderson, Ingrid Thulin e Max von Sydow pontificam em um cast de alta excelência.
Há uma enorme quantidade de cenas e diálogos memoráveis em MORANGOS SILVESTRES. Arrisco dizer que o filme tem um dos roteiros mais perfeitos que já vi, escrito pelo próprio Mestre Sueco. O roteiro ganhou um Prêmio em Berlim.
Aliás, o filme foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro e ganhou um Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro.
Há dezenas de excelentes filmes sobre o processo da velhice e o medo de encarar a morte cada vez mais próxima. Nenhum chegou à profundidade, ao lirismo e à contundência de MORANGOS SILVESTRES.
O filme – repito minha opinião – é a obra prima de Ingmar Bergman.
E olha que ser o melhor filme de um gênio como Bergman significa nada menos que um filme perfeito.
The Cinema Club of Porto Alegre will show, next Sunday, at 10 am, at the Casa de Cultura Mário Quintana, the wonderful film WILD STRAWBERRIES, which Ingmar Bergman shot in 1957.
In my opinion, WILD STRAWBERRIES is the director’s best film, ahead of impeccable and memorable works, such as FANNY AND ALEXANDER, CRIES AND WHISPERS, SCENES FROM A MARRIAGE, THE SEVENTH SEAL and AUTUMN SONATA.
Several times I put WILD STRAWBERRIES among the ten best films I’ve seen in my life.
The first time I saw WILD STRAWBERRIES was precisely at a session at the Clube de Cinema, at Cinema Um, Sala Vogue, an art film theater located on Avenida Independência, in Porto Alegre.
I left the cinema so dazzled by the film I had just seen that I think I only recovered hours later. I watched the film more than once and each time I fell in love with the story of an old and cold professor (Victor Sjöstrom, magnificent) facing the emptiness of his existence.
Bibi Anderson, Ingrid Thulin and Max von Sydow pontificate in a cast of high excellence.
There is a huge amount of memorable scenes and dialogue in WILD STRAWBERRIES. I dare say that the film has one of the most perfect scripts I’ve ever seen, written by the Swedish Master himself. The screenplay won an Award in Berlin.
Incidentally, the film was nominated for an Academy Award for Best Screenplay and won a Golden Globe for Best Foreign Language Film.
There are dozens of excellent films about the aging process and the fear of facing death closer and closer. None reached the depth, lyricism and forcefulness of WILD STRAWBERRIES.
The film – I repeat my opinion – is Ingmar Bergman’s masterpiece.
And look, being the best film by a genius like Bergman means nothing less than a perfect film.
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