O CONVIDADO DE HOJE DO CINEMARCO É ROBERTO CALLAGE. CINÉFILO INVETERADO, FAZ UMA EXCELENTE LISTA DE GRANDE SÉRIES.
* IRMA VEP – HBO – O cinema dentro do cinema quase sempre dá bons roteiros, com Alicia Vikander então , é garantido.
* Série Italiana 1992, 1993, 1994 – Cine Europa – Operação Mãos Limpas e seus desdobramentos com a ascensão de Berlusconi , em super produção , com Miriam Leone e Stefano Accorsi.
* Pam&Tommy – Star+ – Pamela Anderson e o famoso caso imagens de sexo roubadas e as consequencias na sua carreira. Quando a internet estava só começando. Lilly James impressionante.
* Gaslit – Globoplay – Watergate visto por outro olhar : o conflito familiar dramático de um dos principais acusados. Julia Roberts e Sean Penn soberbos.
* White Lotus – HBO – Quem matou ? Quem morreu ? A segunda temporada é bem melhor e tem Taormina como cenário.
* The Great – Starz Play, Globoplay- Deboche, humor, e pouca responsabilidade histórica na ascensão de Catarina a Grande, na Russia. Elle Fanning é uma grande surpresa, o show é dela.
* Succession – HBO – Uma das mais premiadas séries da TV. A saga da família Roy ( Murdoch ? ) , dona de um império de comunicação. Imperdível. Já vi duas vezes.
* Industry – HBO – O lado maligno e amoral do sistema financeiro inglês.
Sexo, drogas e mau-caratismo. Está em oitavo lugar entre as melhores séries do ano do jornal inglês The Guardian. E isso não é pouco
* Killing Eve – Globoplay – A última temporada pode não ter sido tão boa, mas as atuações de Sandra Oh, Fiona Shaw, Kim Bodnia e , principalmente , o vulcão Jodie Comer , garantem o espetáculo.
* Maid – Netflix – Minissérie baseada na autobiografia “Superação : Trabalho Duro, Salário Baixo e o Dever de uma Mãe Solo.” Destaque para a filha de Andie MacDowell, a excelente Margaret Qualley.
* After Life – Netflix – Ricky Gervais falando sobre a morte para falar sobre a vida. Humor e humanismo à moda Gervais.
* Slow Horses – Apple TV – O grupo marginal do MI5 inglês são feios, sujos e malvados , mas adoráveis espiões sem nenhum glamour. O glamour aqui está nos roteiros. Grandes atuações de Gary Oldman, Kristin Scott Thomas e o sempre muito acima da média, elenco inglês
* Dickinson – Apple TV – Uma abordagem pop sobre a maior poeta americana, Emily Dickinson. Vale pela narrativa criativa e, principalmente, como porta de entrada na complexa personalidade
de Dickinson e na sua poesia curta e profunda.
* Pose – Starzplay – A última temporada em 2022 talvez fosse desnecessária. Mas o conjunto da obra foi avassalador. Esta série inovadora de Ryan Murphy trata com respeito e amor os perseguidos trans e gays dos anos 80. Nas entranhas da crise da Aids, um impiedoso tempo de transfobia, sexismo e racismo além do drama e a dor da morte, sempre tão perto. Sobravam os poucos momentos de alegria e glamour dos concursos de fantasias. A série transborda amor e empatia, mas tudo sem discurso, palestra ou aulas de compaixão .
* Borgen – Netflix – Drama dinamarquês envolvente e complexo sobre política, gênero, ética, lealdade e, acima de tudo, poder. Destaque para premiada Sidse Babett Knidsen como primeira- ministra dinamarquesa Birgitte Nyborg
* O Canto Livre de Nara Leão – Globoplay – Documentário. Um emocionante e fundamental retrato de Nara Leão. Uma artista brasileira que cantou o que quis, disse o que quis e levou a vida como quis.
* Conversas entre Amigos- Star+ – Série baseada no livro de Sally Rooney, escritora irlandesa premiadíssima, autora também de Normal People, esta , uma obra prima de série. Conversas entre Amigos pode não ser tão boa quanto Normal People, mas tem o mesmo ritmo lento, intimista, cool, a edição respira em longos planos e muitos closes, quase em tempo real. É uma narrativa incomum nas séries, sempre tão aceleradas e frenéticas. E tem a hipnótica Alison Oliver, atriz irlandesa de 25 que nunca tinha atuado. A cada episódio da sua atuação minimalista, mas expressiva, a gente tem a certeza de que está assistindo surgir uma atriz absolutamente fora de série.