Eu vejo a cerimonia de entrega do Oscar desde que a televisão brasileira passou a transmiti-la. Se a memória não me trai, a primeira foi do ano de 1973, em que O PODEROSO CHEFAO ganhou a estatueta principal, mas CABARET venceu atriz, ator coadjuvante, diretor, fotografia, direção de arte, som, edição de som e trilha sonora.
Foi neste ano que Marlon Brando recusou o Oscar e uma índia apareceu para fazer um discurso. Depois se descobriu que era falsa. Era a ativista Sacheen Littlefeather.
Na época da censura pesada, esperávamos ver o trailer de O ULTIMO TANGO EM PARIS, indicado para melhor filme, mas não passou na televisão brasileira.
Em compensação, apesar da censura, na cerimonia de 1974, enquanto o ator David Niven anunciava um prêmio, um homem nu atravessou o palco.
Tem a historia de que Jack Palance leu o nome errado de Marisa Tomei para Melhor atriz Coadjuvante por MEU PRIMO VINNY e ela entrou para a historia como a vencedora que não era. Será?
Na época em que eu trabalhava na RBS, durante vários anos, eu o Isaac Menda ficávamos no ar na Radio Gaúcha comentando o Oscar. O Isaac tem uma memória privilegiada sobre filmes e musicas e ajudava muito em referir os filmes de atores e diretores premiados. A gente se divertia muito. Espero que os ouvintes também.
Muita gente critica o Oscar pelas injustiças que ele cometeu e comete a cada ano. Também pela duração da cerimonia e pela chatice das traduções e de certas piadas.
Pelo sim, pelo não, eu continuo vendo todos os anos e estou na turma que que mais elogia. Cada vez que um dos velhinhos de Hollywood recebe um prêmio pela obra de uma vida toda e aquele auditório inteiro levanta em aplauso, para mim, não ha como não encher os olhos de lagrimas.
Reconhecer eles sabem!