OLHAR INDISCRETO: Série Original Brasileira é Sensual mas Ruim Demais

Vi os dez capítulos (ufa!) da série brasileira OLHAR INDISCRETO.

Miranda (Débora Nascimento) é uma jovem especializada em hackear computadores que estando sozinha se dedica a espionar a vizinha prostituta de luxo Cléo (Emmanuelle Araújo). O que parecia um ponto de partida muito interessante (a melhor cena da série é quando Miranda é confundida por um cliente de Cléo como sendo prostituta), bem hitchcockiano, se perde no acréscimo descontrolado de dezenas de histórias, personagens e tramas paralelas – geradoras de incontáveis flashbacks repetitivos.

Os produtores da série resolveram fazer uma colcha de retalhos de filmes famosos sobre voyeurismo, copiando cenas de JANELA INDISCRETA, DUBLÊ DE CORPO, DE OLHOS BEM FECHADOS e O HOMEM QUE AMAVA AS MULHERES, só para ficar nas “cópias” mais explícitas.

Mas, além da ruindade do roteiro (“É muito bom chamar a senhora de mãe” é apenas uma das inúmeras frases de novela de baixa qualidade), alguns atores, repetições de cenas (acho que morrem três ou quatro personagens afogados em piscinas…), fica claro que o fio inicial promissor se perdeu no meio do projeto.

O roteiro resolveu acrescentar vingança, adultério, filiação ilegítima, uma inacreditável quadrilha de tráfico de mulheres, orgias secretas, muita coisa junta e todas superficialmente abordadas.

Restam as cenas de sexo, que são muitas (há sexo para todos os gostos), usualmente bem feitas, embora na minha opinião, o padrão NETFLIX de produção impropriamente tenha evitado nudez frontal em todas as cenas, criando um artificialismo que prejudica ainda mais a série.

OLHAR INDISCRETO iniciou como um exercício de voyeurismo interessante e terminou como um novelão latino ruim.

I saw the ten chapters (whew!) of the Brazilian series LADY VOYEUR.

Miranda (Débora Nascimento) is a young woman specialized in hacking computers who, being alone, dedicates herself to spying on the luxury prostitute neighbor Cléo (Emmanuelle Araújo). What seemed like a very interesting starting point (the best scene in the series is when Miranda is mistaken by one of Cleo’s clients as a prostitute), quite Hitchcockian, is lost in the uncontrolled addition of dozens of stories, characters and parallel plots – generators of countless repetitive flashbacks.

The producers of the series decided to make a patchwork of famous films about voyeurism, copying scenes from REAR WINDOW, BODY DOUBLE, EYES WIDE SHUT and THE GIRL WITH THE DRAGON TATOO, just to list the most explicit “copies”.

But, in addition to the badness of the script (“It’s very good to call you mother” is just one of the many low-quality soap opera phrases), some really bad actors, repetitions of scenes (I think three or four characters drown in swimming pools… .), it is clear that the promising initial thread was lost in the middle of the project.

The script decided to add revenge, adultery, illegitimate filiation, an unbelievable women trafficking ring, secret orgies, a lot of things together and all superficially addressed.

That leaves the sex scenes, which are many (there is sex for all tastes), usually well done, although in my opinion, the NETFLIX standard of production has improperly avoided frontal nudity in all scenes, creating an artificiality that further damages the series.

LADY VOYEUR started as an interesting voyeuristic exercise and ended as a bad Latin soap opera.

Deixe uma resposta

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s